UM LIVRO “EXTRAORDINÁRIO” – Resenha

Resenha Extraordinário

Se tem uma palavra que define esse livro é o próprio título, extraordinário!

SINOPSE: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade… até agora.

Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.

EXTRAORDINÁRIO: UM MANIFESTO SOBRE A GENTILEZA

O fato de praticamente todos os personagens escreverem seus próprios capítulos é um diferencial e tanto, assim você se apaixona por todos eles. Mas além disso, acrescenta uma camada mais profunda a história, na qual você sabe os dois lados da situação. É possível julgar uma mãe como “errada” quando ela está fazendo o que é melhor para o seu filho?

A mente de uma criança é sempre um turbilhão, a de Auggie , mais ainda. Ele sabe que é diferente e sabe que seus pais dizerem algo sobre ele tem um peso diferente de todo o resto do mundo que não convive com ele. Lição número 1, na escola da vida, e na Beecher Prep também: Nunca julgue alguém pela aparência.

Um ponto muito emocionante na história é a relação de Auggie com sua família, que nem sempre é “perfeita”, mas é fundamental na vida dele. Sem os sermões da sua mãe, as brincadeiras do seu pai e o apoio da Via, é certo que Auggie seria outra pessoa.

A atenção dada para a Via também é um toque de amor a mais a história. Ela sabe que o Auggie precisa de atenção, mas a autora não deixa de mostrar como a irmã também tem suas vontades e gosta de atenção dos pais. Ela não é deixada de lado em nenhum momento.

O protagonista nos apresenta seu desafio logo no começo da história: ir a uma escola regular e sobreviver ao quinto ano. O cientista, que não tem medo de pegar a eletiva de ciências e adora Star Wars e tudo que o universo envolve nos mostrará mais sobre vida.

Extraordinário, R.J. Palacio

SOBREVIVENDO AO QUINTO ANO

Sobreviver, esse é o termo que Auggie usa para descrever o que ele espera da escola. Embora a maior parte das crianças não goste da escola e prefira ficar em casa brincando ou vendo TV, para Auggie é diferente. Ele sabe que a sua aparência é incomum e queria até usar o seu capacete de astronauta. O problema não é ir a escola, afinal, ele gosta de estudar. O problema são as pessoas.

Seus pais também tem certo de receio de leva-lo para a escola no início, no mundo lá fora, nem sempre as pessoas são gentis. Julian, um colega de classe, coloca em pauta outra faceta da narrativa, o Bullying e além disso mostra como muitas vezes, apenas reproduzimos comportamentos, sem pensar no seu impacto na vida dos outros.

O livro foi adaptado para as telonas com maestria, sem perder um pingo da essência. Com certeza, vale a pena conferir. E estou falando sério quando digo que quase chorei só de ver o trailer de novo.

Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil: escolha ser gentil.

Além do livro citado, a autora escreveu outros livros sobre a história. Os livros são: Auggie & eu: três histórias extraordinárias e 365 dias extraordinários: o livro de preceitos do Sr. Browne.

Ainda não tive a oportunidade de ler nenhum deles, mas quero assim que possível. E nesse trecho cabe uma menção honrosa a dois personagens incríveis: O diretor Buzanfa e o Sr. Browne, professores sensacionais, que ensinam muito mais do que “o bêabá”.

Além disso vou deixar aqui uma música da trilha sonora do filme com uma mensagem inspiradora, e uma batida muito boa.

Bea Miler, Brand new eyes

“É como se eu tivesse uma nova perspectiva
E eu finalmente consigo ver
O que sempre esteve


Bem aqui na minha frente
E com essa perspectivaVou aproveitar tudo
E eu finalmente irei me ver”

O que o capacete de astronauta representa para Auggie?

Sobre este, podemos compreender que um jovem garotinho apresenta deformações no rosto, por isso, sente-se sempre diferente diante dos demais colegas e do mundo.

Logo, o seu capacete atua como uma espécie de proteção, bem como de fuga da realidade, para que o mesmo possa se sentir seguro diante dos demais.

A resenha fica por aqui, espero que gostem e me conte nos comentários, se você já leu e o que você achou.

Com amor, 
Ana Luiza Martins Cesario

Ana Luiza Martins Cesário
Ana Luiza Martins Cesário

Por muito tempo viajei entre mundos mágicos e realidades sem contar para ninguém, agora escrevo sobre eles! Me chamo Ana Luiza e sou uma apaixonada por histórias de amor. Ás vezes a dose de coragem que precisamos é um amigo!

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